Orhan Pamuk
Após alguns anos como sério candidato foi desta vez que o turco Orhan Pamuk ganhou o Nobel da Literatura.
Este escritor já algum tempo anda envolto em polémicas políticas, com processo em tribunal turco por ser da opinião que a Turquia deve assumir o genocídio arménio.
Apenas li um livro de Pamuk, O Jardim da Memória.
Apenas li um livro de Pamuk, O Jardim da Memória.
Confesso que se trata de um livro que tive alguma dificuldade a ler devido à sua complexidade e à constante necessidade de parar ou mesmo voltar atrás para refletir um pouco sobre os conceitos de grande profundidade que se encontram dissimulados numa história de jogos de identidade. É um livro fascinante, riquíssimo e uma escrita muito peculiar que nos deixa presos. Sem dúvida muito diferente da literatura light ou “código da vinci” infelizmente ainda muito em voga...
Talvez no próximo ano seja a vez de Milan Kundera, já há muito um dos favoritos... um dia há-de chegar a sua vez!
Talvez no próximo ano seja a vez de Milan Kundera, já há muito um dos favoritos... um dia há-de chegar a sua vez!
8 Comments:
Não vou tecer comentários ao tipo de escrita do senhor porque nunca o li, mas dizeres que INFELIZMENTE o estilo light e "código Da Vinci está muito em voga é de uma arrogância intelectual digna de registo. Parece que a arrogância cultural francesa pega-se.
Nem todos gostam de ler Nitchze, Kant ou os grandes pensadores...já li Platão e também Margarida Rebelo Pinto...há espaço para todos porque há gostos para tudo.
Do Milan Kundera só li a "Insustentável leveza do ser" e é um dos meus livros favoritos...
claro que o tipo de capacidade de escrita necessário para escrever um código Davinci versão N, é exactamente o mesmo que se observa num galardoado do Nobel.
Porquê ouvir Pink Floyd quando se pode ouvir D'zrt.
Claro que não é a mm coisa ouvir Pink Floyd e D'zrt, claro que há uma diferença abismal na capacidade criativa dos dois, mas dizer que infelizmente um estilo está muito em voga é arrogância intelectual...nem todos gostam do mesmo estilo de livro nem dos mesmos estilos de música e não é por uns lerem Saramago e outros Dan Brown que são melhores em nada...
Mas se se lê muito Dan Brown, logo lê-se pouco Pamuk. Nâo será isso uma razâo a lamentar?
Será arrogância intelectual admitir as diferanças?
Se sim, então não se pode lamentar outras maleitas que afligem as pessoas (obesidade, toxicodependencias, pessimismo, etc), porque tudo é diferente, nunca pior.
Retirem-se das livrarias todos os livros que não sejam de grandes pensadores...se alguém ousar tentar adquirir um exemplar que não cumpra as formas de intelectualidade estabelidas tem mais é que imigrar...para outro planeta.
PS: confundir diferentes tipos de leitura com problemas de saúde pública é no mínimo...
Elitista com muito gosto e prazer...sei escolher o que gosto, mas não digo que "infelizmente" está na moda coisas que acho intelectualmente inferiores.
Se não fossem as Margaridas, os Dans, etc, etc não haveria livraria ou editora que resistisse financeiramente. Se só se editasse e vendesse os grandes pensaores e intelectuais da escrita a esta hora ou não haveriam editoras e livrarias ou o estado tinha de as comparticipar.
O Evangelho do Saramago foi dos livros que mais gostei de ler e se o tivesses lido sabias que não é bem estar a ler a Bíblia, que se o lesses eras anti-católica e não o leres católica. Caso não saibas este livro foi censurado pelo Governo do Cavado Silva por ser considerado uma blasfémia às crenças de milhões de portugueses...
Só o facto de agradeceres os comentários de alguém que diz que ler Dan Brown ou outro tipo de literatura light é uma maleita que aflige as pessoas tal como ser obeso, toxicodependente, etc, diz muito do que é ser intelectualmente arrogante ou outra coisa qq ainda pior...
Peço desculpa aos franceses por tão infâme acusação...Talvez devesse ter dito que os francófonos são culturalmente arrogantes. Por exemplo na Bélgica há 2 línguas oficiais, o francês e o flamengo. Os Flamengos são obrigados a saber francês, mas já o contrário não sucede. Os francófonos dizem que é uma situação normal, o que interessa é sabermos a língua mais forte...Esta posição é muito engraçada se nos lembrarmos da luta dos franceses contra a hegemonia cultural da língua inglesa. Basta recordar que os franceses não quiseram entrar no acordo com a Google para digitalização de várias obras de interesse universal por estarem com medo que uma língua mais forte como o é o inglês se tornasse ainda mais forte...
Para terminar, há espaço para todos e para tudo...o facto de ser elitista e exigente naquilo que gosto não me faz julgar e achar infeliz os outros gostarem de outras coisas e não acho que gostar de estilos menos exigentes intelectualmente seja uma maleita como obesidade, toxicodependência, etc...
Por favor, não levem isto longe demais. Não será o objectivo disto uma troca de ideias? Todos temos ideias diferentes e pespectivas diferentes, por isso não deviamos nos indispor devido as nossas diferenças.
Vou sentir saudades dos posts da sónia.
....
E ilha_man, eu não recorro a determinada linguagem, e tb não devias usar.
Irra!!!!
Vocês fazem corar o Bush e o Chavez!
Cada qual
le o que quer, qd quer e como quer! se isso e mau gosto, bem...é mais um para se juntar aos outros.
O que eu sei e que Dan brown vende como mer... e o resto e conversa.E o ilha_man tem razao!!!
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